quinta-feira, 16 de maio de 2013

Copos de água dos casamentos portugueses



Repescagem de posts!
Este post foi publicado pela primeira vez no dia 23 de Janeiro de 2007 num outro blog meu.
Vamos recordá-lo, pois recordar é viver!
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Hoje vou falar sobre os copos de água dos casamentos portugueses.

Calma, não vou dizer nada de mal! Vou dizer as coisas como elas são!

Tudo começa em salas enormes revestidas de branco com mesas redondas para 50 pessoas cada, ou então mesas enormes em L onde os convidados ficam todos de costas uns para os outros.
O que acontece é que acabamos por estar sempre longe das pessoas em questão: os noivos.

Há tradições nos casamentos portugueses que realmente fazem uma pessoa ter orgulho em ser português (e não o digo ironicamente.)

A primeira é aquele clássico que acontece antes de comer : bater com os talheres nos pratos e obrigar todos os casais da festa a beijarem-se... só isto demora 1 hora.

Depois há sempre um cantinho da sala com uma mesa enorme cheia de sobremesas deliciosas que no fim acabamos por não comer pois já nos empaturrámos de aperitivos, prato de peixe, prato de carne, prato de sopa e prato dos restos do dia anterior.
Só mais tarde chegamos à conclusão que as sobremesas são de plástico e que é de propósito que nos enchem de tanta comida.
Também há aquele pormenor na ementa, onde estão pratos com nomes franceses que nunca ouvimos na vida e, quando chegam à mesa, são pratos tão normal como um bacalhau ou um leitãozinho.

Há uma "tradição" nos casamentos portugueses que eu aprecio muito... A Música! É verdade!
Aquele pimba de casamento é realmente fantástico! Há sempre alguém a um cantinho a tocar no órgão e a cantar durante a festa inteira enquanto se baba a olhar para o resto do pessoal a comer tão maravilhosa comida.

Mas eis que chega o momento mais esperado: A Dança!
Começa a música, já toda a gente comeu e vemos sempre uma mulher a puxar pelo marido e a arrastá-lo para a pista, dançando às voltas como se não houvesse amanhã! Depois vão para lá mais uns 3 casais. De seguida, como há senhores que conseguem resistir ao desejo insaciável das suas mulheres pela dança, vemos também vários casais de mulheres.
O que acontece a seguir é deveras emocionante. Todos os casais dançam - e um copo de água não é um copo de água quando os casais não vão todos uns contra os outros! Quando tal acontece ouve-se um pedido de desculpas ou então um riso de tão elevado volume, que de repente deixamos de ouvir a música.
Também vemos pessoas que não conseguiram um par a dançar sozinhas. E isso é bonito... muito bonito!
Um copo de água também não é um copo de água sem a existência de uns 20 bebés - 10 deles a dormir, 5 a chorar e outros 5 na pista a dançar aos saltinhos e de seguida a atirarem-se para o chão.

Quando a convicência está... vá lá... feita, as pessoas começam a ir embora aos poucos, mas sem antes verem as fotografias e encomendarem as que querem.


São estas pequenas grandes coisas que me fazem ter orgulho em ser portuguesa (mais uma vez, não estou a ser irónica: Viva Portugal!) !



SoFt

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Dá-me 5 Palavras! #4


Olá a todos! 
Cá está a quarta edição do Dá-me 5 Palavras!
Desta vez as palavras são: alface, monte, arrastadeira, armário, xilofone.



O Monte Arrastadeira

Existem muitos montes emblemáticos por esse mundo fora: Monte Rushmore, Monte Fuji, Montepio, entre outros. No entanto há um outro monte cuja história é extremamente espectacular e no entanto goza de um estatuto de fama pouco superior ao de Paul Fusco, actor que deu voz a Alf.

O Monte Arrastadeira deve o seu nome a um fenómeno raríssimo nunca antes visto no campo da Geologia mas já vislumbrado na área das indústrias metalúrgicas e até visto de relance em actividades piscatórias levadas a cabo no rio Caima.

Este monte formou-se a partir de uma alface.

Certa vez, em Abuxarda (freguesia do concelho de Bijagós de Cima), um senhor de seu nome Zé do Xilofone decidiu começar uma plantação de alfaces. Zé deve o seu nome a um acontecimento que tinha ocorrido alguns anos antes, quando este participava no Poço da Morte, montado na sua carroça. Como se não bastasse ir acima dos 20 km/h, Zé ia vendado. Acontece que a velocidade estonteante o enganou e Zé caiu no poço, batendo com a cara no chão e ficando - imediatamente - desdentado. Ele nem viu o que lhe aconteceu! Lá está… estava vendado. Ora para remediar isto, Zé foi ao dentista mas o que sucede é que não havia dentes em stock e, aproveitando o facto de o dentista ser músico na Banda Filarmónica Abuxardense de Bijagós, foram postas lâminas de xilofone no lugar dos dentes. Quanto mais complexa fosse a refeição de Zé, mais bonita era a música, tendo-se até tornado solista na tal Banda Filarmónica. Os outros músicos levavam os saxofones, as flautas e as tubas. O Zé levava as bolachas de água e sal.

Continuando!
Zé queria fazer uma plantação de alfaces mas o único sítio livre que tinha era um monte praticamente deserto e demasiado longe para ir a pé com as alfaces (sim, porque Zé planta a alface já crescida. É uma técnica bastante inovadora.). Ora, como Zé tinha esfolado a sua carroça naquela fatídica participação no Poço da Morte, não encontrou solução senão a de pegar no armário do seu quarto e enfiar para lá as alfaces todas. Zé empurrou o armário até ao monte, mas depois constatou que o declive não era propício à realização desta técnica. Não era tarde nem era cedo! Zé pegou numa corda e arrastou o armário até ao cimo do monte. Arrastou, arrastou, arrastou mas o esforço e o facto de não ir à casa-de-banho desde a manhã desse mesmo dia, fez com que Zé se "libertasse" em cima do monte, enquanto arrastava o armário, e fizesse xixi ali mesmo.

Ainda assim, este incidente não foi infeliz! A urina de Zé serviu de adubo e ao, portanto… regar… os campos por onde o armário tinha sido arrastado, fez crescer imediatamente - veja-se - nada. Não cresceu nada. A urina não faz crescer nada.

Vai-se a ver e afinal o monte já estava formado quando as alfaces lá foram parar. Sendo assim esta história não tem qualquer interesse. Pronto.




SoFt



terça-feira, 1 de maio de 2012

Dá-me 5 Palavras! #3

Olá a todos!
Cá estamos para a 3ª edição de Dá-me 5 Palavras!

Desta vez as palavras são: Polónia, Porto, Frango, Otorrinolaringologista, Cocó

Espero que gostem!


Era uma vez… Estou a brincar. Não vou começar a história assim. É demasiado à conto de fadas.
Há muito muito tempo, num sitio distante, no Pinhal Novo, vivia Bobolina, uma otorrinolaringologista não-praticante, cuja ocupação profissional era a condução de eléctricos entre a estação de comboios do Pinhal Novo e de Coina. O sonho de Bobolina era viver no Porto. Desde gaiata que pedia ao Pai Natal para este lhe oferecer um Lamborghini e gasolina à borla durante um ano - tudo para poder ter transporte para o Porto. No entanto havia um problema: Bobolina sofria de obstipação. Mas atenção! Não é uma obstipação qualquer! É daquelas obstipações que quando o efeito passa, é bom que haja um WC por perto! Esta… condição impede-a de ir para fora do distrito de Setúbal, pois caso lhe dê uma… crise… nem a Tena Lady consegue remediar a situação. Não é à toa que isto é assim! Bobolina sabe, por experiência própria, qual o resultado de uma viagem nestas condições, pois em tempos decidiu visitar a Polónia. Ora Bobolina quis efectuar a evacuação de dejectos antes de ir para o aeroporto, mas a obstipação atacou e nem um cacho inteirinho de bananas lhe serviu de mais-valia. Bobolina soube de imediato que algo de desastroso estaria para acontecer mal o efeito "obstipatório" passasse! Estava o avião a caminho da Polónia, a sobrevoar a Jamaica, quando Bobolina sentiu uma pontada no intestino grosso. Ela soube de imediato: "É cocó". Correu para a  casa-de-banho e o que se passou a seguir foi de gravidade tal que o avião quase caiu e teve que aterrar de emergência tal era o peso do produto evacuado. Não foi uma experiência bonita, tendo até sido essa a razão para Bobolina abandonar a sua profissão de otorrinolaringologista, pois ninguém confia em cagões.
Passado muito tempo, no dia 1 de Maio de 2012, Bobolina teve outra crise de obstipação. "Não é tarde nem é cedo!", pensou ela. Bobolina meteu-se na sua autocaravana e partiu em direcção ao Pingo Doce para comprar Muesli! Afinal, sempre podia aproveitar e comprar frango para o jantar. Foi então que algo de inesperado aconteceu… o Pingo Doce estava a abarrotar e Bobolina ficou presa durante horas no corredor dos ambientadores para carros. Foi nessa altura que algo de assustador aconteceu: o efeito passou e o inevitável acabaria por acontecer sem que Bobolina conseguisse chegar a um WC. Esta só teve tempo para pensar: "ao menos o cheiro é disfarçado…".



SoFt


sábado, 28 de janeiro de 2012

Dá-me 5 palavras #2

Olá pessoal!

Aqui vamos nós para a segunda edição da rubrica "Dá-me 5 palavras". Para quem não sabe o que é, consultem o post anterior, onde explico do que se trata esta coisa maravilhosa!

As palavras de hoje são:
Cotonete, pantufas, miau, jacaré, nuvens

E.... COMEÇA!


O cotonete que queria ser pantufas

Corria o ano de mil novecentos e picos. Corria ao invés de andar pois o ano tinha que fazer exercício para abater as rabanadas de vinho que comeu no Natal do ano transacto. Era um conjunto de 12 meses especial, pois tratava-se do único ano trissexto já alguma vez registado. Não só houve 29 de Fevereiro, como aconteceram coisas completamente fora do normal: as vacas voavam, os gatos rugiam e Portugal era mal governado.

Nesse ano aconteceu um fenómeno que se regista apenas com uma certa frequência (que é determinada pela fórmula x= y^2 * 45/34^-1 ). Nasceu um cotonete. A mãe do pequenote nem notou que estava grávida. Foi daqueles casos em que a progenitora só dá conta do seu estado de graça quando tem o bebé no meio da casa-de-banho.
Este cotonete nunca se sentiu bem na sua pele... bem, nos seus plástico e algodão... Sempre teve a mania de se pôr debaixo dos pés das pessoas, de se encher de pêlo fofinho e de ficar arrumado num armário durante o Verão inteiro. Certo dia encontrou-se com o animal de estimação do vizinho, o jacaré Miau, cujo nome vem do facto de, quando os seus donos o compraram, terem sido levados a pensar que ele tratava-se de um gato. Eles bem que estranharam a ausência de pêlo, mas uma prima deles, em 28º grau, tinha um gato desses, pelo que eles acabaram por não ligar. Só se aperceberam que o Miau era, de facto, um jacaré, quando ele comeu o puma deles. Pensaram em livrar-se do animal, mas o dono quis ficar com o Miau como forma de prevenir que a sua sogra decidisse mudar para sua casa.

Mas voltando ao que interessa! O cotonete encontrou-se com o Miau e falou-lhe desta sua forma de ser. Sentia-se como uma espécie de patinho feio. Nem sequer gostava do seu trabalho, pois achava que não tinha hipóteses de vir a ser promovido, tornando-se um cotonete que pode ser usado mais do que uma vez para tirar a cera dos ouvidos.
Foi então que o Miau lhe disse que o seu comportamento em muito se assemelha ao de umas pantufas. Depois de ouvir o Miau, o cotonete sentiu-se nas nuvens! Era isso que ele queria! Ele desejava poder acomodar os pés das pessoas! Desejava mantê-los quentinhos! Desejava fazê-los sentirem-se aconchegados! Mas mais que tudo, ele queria poder cheirar os pés! Era só vantagens! Aliás, ao contrário do seu emprego actual, o das pantufas tinha futuro! Ele poderia especializar-se em pés razoavelmente grandes! É esse o sonho. Muito mais pé para acomodar e aquecer, mas também havia muito mais cheiro!

Cotonete não iria desistir do seu sonho! Despediu-se dos seus e emigrou para o ecoponto amarelo. Foi difícil mas valeu a pena. Cotonete foi reciclado e tornou-se numas bonitas pantufas daquelas que se compram na Serra da Estrela. Ou no Pingo Doce.


SoFt

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Dá-me 5 palavras #1

Olá a todos!

Aqui vos apresento o meu novo conceito: Dá-me 5 palavras. Pedi previamente na minha página do Facebook que me dissessem 5 palavras, com as quais farei aqui uma história.

As palavras são: amor, jaquinzinho, banana, fofura, liberdade

Apresento-vos a primeira história:

A história de amor entre um Jaquinzinho e uma Banana


Em tempos muito, muito distantes, quando um bilhete de cinema custava menos de 5€, uma Banana sonhava com o dia em que conheceria aquele alguém especial. Alguém que gostasse dela pela sua personalidade e não pelo seu físico. Alguém que visse com ela os filmes adaptados dos romances de Nicholas Sparks. Enfim, aquele alguém que lhe passasse a ferro as toalhas enrodilhadas e que estiveram demasiado tempo expostas ao sol, porque são as mais difíceis de passar.
Certo dia, numa aula de Valorização Pessoal, o formador pediu que os formandos fizessem um exercício. Este consistia em escrever num papel a maior qualidade de um colega depois de conversar com o mesmo durante 20 minutos. A Banana calhou com um sujeito misterioso e carismático, o Jaquinzinho. Os 20 minutos pareceram 20 segundos e, depois de escrever no seu papel a maior qualidade do Jaquinzinho, foi com grande surpresa que este disse à Banana o que escreveu sobre a maior qualidade dela: fofura. Foi então que o mundo da Banana parou. Relembrou aquele dia que a sua avó, Bananavó, lhe disse "Bananeta, no dia em que alguém te disser que és fofa, fofinha ou fofuxa... tu agarra-me essa pessoa e fica com ela para sempre! A menos que seja a Rita Pereira. Ela diz isso a todos.". Foi assim que tudo começou! A Banana e o Jaquinzinho nunca mais se largaram. Conversavam a toda a hora:
- Onde trabalhas?, pergunta ele.
- Numa escola. Sou a banana que usam para ensinar aos alunos como se colocam preservativos. E tu?, responde Banana.
- Sou actor. Fui eu que fiz o anúncio de Verão da Coca-Cola. Fiz de sardinha., disse o Jaquinzinho.

Dias, semanas, meses passaram e parecia que nada os separava. Foi então, que no dia 25 de Abril, o dia da Liberdade, Jaquinzinho recebeu a notícia: todos os peixes haviam sido convocados para encontrar um tal de Nemo. Jaquinzinho teria que ir embora por tempo indefinido. Banana não chorara tanto desde a altura em que não passou nos castings para fazer parte de um prato do MasterChef.
O dia foi todo passado num misto de alegria e tristeza. Parecia uma música da Whitney Houston. Quando Jaquinzinho preparava-se para ir embora, eis que chega uma tartaruga e diz que encontraram Nemo! Ele estava em P. Sherman 42, Wallaby Way, Sydney! Jaquinzinho não teria mais que ir embora e poderia ficar com Banana!

Desde esse dia que a Banana e o Jaquinzinho vivem intensamente o seu amor! Felizmente o Jaquinzinho sabe passar a ferro.

Eventualmente, Banana deixou o seu emprego na escola e conseguiu entrar no Hell's Kitchen, que é muito melhor pago do que o MasterChef. No entanto teve que fazer provas físicas, tendo em conta o número de vezes que a comida é atirada para o chão.
Jaquinzinho continuou a sua carreira como actor, representando o signo de Peixes no programa da Maya.


Espero que tenham gostado!

SoFt

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

As Navegantes da Lua são uma falácia!

Olá pessoas!

Já todos nós vimos, pelo menos uma vez na vida, esses desenhos animados lendários! O DragonBall. Mas não é disso que eu vou falar - ou, como diz essa figuraça da apresentação de TV, Teresa Guilherme - "isso agora não interessa nada".

As Navegantes da Lua é uma série de desenhos animados que consiste num grupo de umas quantas raparigas cujos nomes correspondem a planetas (sim, as Navegantes da Lua). Essas raparigas, e a sua líder - essa sim a Navegante da Lua - passam episódios inteiros a combater monstros mauzões (mazonas, pois eram na sua grande maioria seres do sexo feminino). Como é que faziam tal coisa? Falando língua gestual, usando artefactos que representavam os seus poderes e planetas, dizendo coisas como "em nome da Lua, vou castigar-te" (ui, se é em nome da Lua, então o caso é sério!) e, mais importante, mudando de roupa várias vezes.

Este ritual ocupava praticamente um episódio inteiro. As raparigas lutavam, lutavam, lutavam. Mudavam de roupa, ameaçavam com gestos, com a Lua e com o Sistema Solar inteiro, mas nada disto resultava! Aliás, a mazona acabava sempre por ficar ainda mais forte! Mas então como é que estas raparigas derrotavam os vilões?

Havia um indivíduo que aparecia no fim de todos os episódios, mais conhecido por Querido Mascarado, que atirava rosas aos vilões e que - desta forma - os matava a todos! MELHOR! Depois de um episódio inteiro com umas 20 individuas com nome de planeta a lutar contra uma vilã, eis que é com uma rosa, atirada pelo Zorro (!), que a má da fita ficava tão fraca, mas tão fraca, que depois só chegava mais uma muda de roupa para a Lunática acabar com ela!

O pior nem é isto, caras pessoas! O pior é que depois de tantos episódios em que este padrão se repete, como é que elas não levam o raio do Mascarado logo no princípio da luta?! Para quê passar 30 minutos a girar à volta delas próprias, com flautas de pã como música de fundo, para, a 2 minutos do fim, chegar o Antonio Banderas, com uma rosa - COM UMA ROSA - e pôr um ponto final naquilo tudo?!

Bela infância, tivemos todos nós.
Obrigada pela vossa atenção.


SoFt

terça-feira, 3 de agosto de 2010

As coisas que sempre quis dizer #1

Entrar num táxi e dizer "SIGA AQUELE CARRO!".