sábado, 4 de abril de 2009

As Carteiras

Olá pessoal!
Hoje temos um post diferente. Não sou eu quem vai postar, mas sim uma postadeira convidada, a Cláudia.
Ora aqui está:



"As Carteiras: Um objecto simples mas com muitos mistérios

Segundo o dicionário tradicional português, carteira significa “Espécie de bolsa com compartimentos para guardar papéis, dinheiro, etc.” Como podemos ver, nem o próprio dicionário consegue transmitir a essência concreta deste objecto, mas convenhamos que ele vai mais além que “uma espécie de objecto”.
Para defender a importância deste objecto, segue-se uma lista das suas principais características:


1) A carteira é um objecto (quase) universal. Quase toda a população mundial tem umas (ou mais) carteiras, exceptuando os bebés e, provavelmente, os sem abrigo. No entanto, é preciso notar que o bebé mais ano menos ano vai pedir histericamente uma carteira à mamã para guardar as gorjetas dos avós e padrinhos e que os sem-abrigo, já passaram pela fase da carteira, de certeza.
2) É utilizada pelos dois sexos. Diferenciando-se no formato e tamanho, como irei relatar mais adiante, tanto homens como mulheres podem utiliza-lo.
3) A idade para a sua utilização não interessa. Pode servir como brinquedo para uma criança de dois anos como para o avozinho guardar a sua reforma.
4) É transversal a todos os extractos sociais. Tanto a senhora que mora no bairro social e anda de autocarro como o gerente da empresa que vai de carro com motorista necessitam de uma.
5) Não é racista nem xenófoba. Está adaptada a qualquer tipo de raças, minoras, grupos.
6) Apresenta-se em milhões de formatos, adaptados aos gostos pessoais. Basta passar uma tarde no centro comercial mais próximo e, de certeza, que encontrará a sua de eleição. Desde o estampado da sua banda de rock preferida até ao símbolo do mais prestigiado estilista.
7) Ao longo do tempo, torna-se a extensão do seu portador. Basta uma simples carteira para identificar quem é, do que gosta e, até, os seus segredos mais íntimos. Cuidado!
8) Poderia continuar a discursar, mais já está a ficar longo, portanto passemos ao segundo ponto.

Agora que já todos podemos entender a importância de tal objecto, passemos à descoberta de um dos seus muitos mistérios.

O tamanho da minha carteira define quem eu sou?
Obviamente. Não só porque cada um escolhe a carteira que mais gosta nem porque há diferentes para homem e mulher, mas pelo seu conteúdo, ora vejamos.
Reparem, a nossa carteira está a crescer desde que fomos para a primária até ao momento. E porquê? Porque cada vez mais temos mais coisas que guardar, como por exemplo, cartões! Aos dez anos eu tinha uma carteira rectangular, com fecho de velcro, que servia para os tostões, para a fotocópia do BI e para o cartão da escola. Aos 15 anos já tinha uma carteira de fecho, com espaço para as notas, BI real, cartão da escola magnético, cartão de saúde e alguns bilhetes de cinema antigos. Aos 18 anos, já temos além das notas, do BI, do cartão da faculdade e do cartão de saúde, mais uma série de outros obrigatórios ( cartão de contribuinte, de eleitor, carta de condução) e outros opcionais (cartão do oculista, da biblioteca, de sócio, da cabeleireira, do amigo que mudou de número) e um conjunto de cartões de crédito. Já para não mencionar os extractos de conta, a factura do bolo do lanche e o desenho do teu irmão mais novo.
E também não posso deixar de referir o espaço para a lembrança das caras da família.
Neste momento, as carteiras das senhoras, estão de acordo com a moda. Se os estilistas pedem malas XXL, é obvio que também temos de ter uma carteira XXL, já que na mala não vamos transportar roupa para as férias de Inverno.
Já os senhores ganham muito com esta manobra. Ou ganham uma mama extra no casaco ou uma nádega maior no fundo das calças. Sortudos…

Bem e hoje fico-me por aqui, que esta reflexão já vai longa e tenho de ir a procura do cartão do supermercado para ir às compras."



Um obrigada à Cláudia por ter participado aqui no blog e um desejo de Boa Páscoa para todos!